Autor: Adriano Ueda
Professor at FGV and Cásper | Strategy & Innovation at MIT Sloan | Digital Manager at BASF
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Como ser mais influente no LinkedIn e dar mais destaque ao seu perfil [em 6 passos]!
Hoje, o LinkedIn conta com 610 milhões de perfis ativos no mundo, dos quais 36 milhões são profissionais brasileiros! Aprofundando um pouco mais, se liguem nos números de alguns segmentos do País:
- 12 milhões de mulheres
- +2.4 milhões de estudantes
- 1 milhão de profissionais de engenharia
- 500 mil do setor de agronegócios
- 500 mil do segmento de hospitais
- Quase 300 mil executivos C-level
Com tanta gente boa e qualificada usando ativamente esta mídia social e seu objetivo é networking e ser reconhecido no mercado, nada melhor do que conhecer antes como esta rede funciona, desde bastidores até algoritmos. O que escrevo a seguir é com base em vivência própria na rede nos últimos anos, observações de influenciadores Top Voices e artigos sobre o tema. Aproveite!
1. Entenda como funcionam os algoritmos do LinkedIn
Antes de mais nada, é interessante “hackear” os algoritmos. Vamos lá:
- Assim como no Google, palavras-chave em seu perfil também são importantes para que você seja mais facilmente encontrado por eventuais parceiros, clientes, headhunters, influenciadores, líderes, executivos, professores. Enfim, pelos profissionais que você deseja se relacionar. Sem dúvidas, a assinatura da conta premium também contribui para você ter destaque em resultados de buscas
- Pense como você quer se posicionar e ser descoberto nas pesquisas. Se o termo “marketing digital”, “inovação”, “salesforce” ou “agile coach” é relevante E faz sentido com suas experiência e carreira, você pode inseri-lo ao longo do seu perfil, como: descrição, título inicial, título do cargo / função, habilidades etc.
- Vídeos e lives dão cada vez mais destaque aos posts, enquanto compartilhamento de matérias de imprensa e, sobretudo, share de outras pessoas tendem a ter menor alcance orgânico
- Ao realizar um post, xx% de sua rede de 1º grau é impactada logo de cara. Embora o número não seja revelado, nos últimos tempos houve uma redução considerável desta quantidade. Quanto mais gente se engaja com seu post, os robozinhos começam a entender que o conteúdo pode ser relevante. Consequentemente, empurram e dão mais visibilidade a mais gente, incluindo aos colegas de seus colegas (2º e 3º graus)
2. Menos selfie e mais conteúdos relevantes à sua rede
O mais comum são posts de pessoas participando de um evento, uma palestra, aulas ou fotos de times e escritório. Não está errado, mas pense sempre qual tipo de mensagem ou informação pode ser interessante para sua rede! Aquela pessoa que vai ser impactada e ler sua publicação.
Ao contrário de mídias sociais “pessoais”, como Instagram e Facebook, a proposta do LinkedIn é gerar troca de conhecimentos, conteúdos e networking, o que vai muito além de contar sua vida.Tendências de mercado, economia, negócios, novas tecnologias, inovação, sustentabilidade, vivências profissionais e reais, casos de sucesso e inspiradores são alguns dos exemplos que você pode começar a escrever e postar! Particularmente, a cada 5 posts meus, 1 é “autopromoção” (ex.: aula ministrada na FGV ou palestra em tal evento) e 4 são conteúdos mesmo!
3. Não adianta só produzir e compartilhar conteúdos. Engage com as suas conexões!
Na minha opinião, o mais desafiador é levar insights e pontos de vista constantemente à sua rede.
Não espere que apenas publicando um artigo, receberá diversos comentários e likes. Quanto mais você curte, comenta e interage com outras pessoas – desde colegas e pessoas próximas até influenciadores e profissionais que estão contribuindo também com conteúdos – maior será a quantidade de gente olhando para seu perfil e, consequentemente, se atraindo por seus posts.
Imagine que você faça um comentário relevante no artigo de uma outra pessoa, com 20K seguidores. Uma parcela da rede dele(a) e da sua vão ver que você fez o comentário (novamente, algoritmos em ação!)
Veja na imagem acima um exemplo de crescimento de views no meu perfil em 1 semana com duas ações simples: 1.artigo e um post publicados; 2.comentários (relevantes) em posts de outras pessoas
4. Mais qualidade e menos quantidade
Já vi gente com 30K seguidores e 20 likes nos posts. Algo está errado, não? Por isso, não adianta sair seguindo todo mundo do LinkedIn para inflar sua base de conexões e seguidores.
Mais do que quantidade de follows e postagens, é importante trazer relevância à rede.
Adicionalmente aos algoritmos, o LinkedIn possui diversos editores humanos, muitos dos quais vieram de editoras e redações! Esse pessoal tem feito um ótimo trabalho de curadoria de conteúdos, identificando e classificando “manualmente” quais artigos e insights merecem ganhar mais relevância para mais gente! Em vez de ficar pedindo pra galera curtir e ler seu artigo, engaje para ser visto.
5. Uso de hashtags #
Ao publicar um artigo ou posts, lembre-se de inserir #, de acordo com o seu posicionamento profissional na rede. No meu caso, costumo utilizar aquelas relacionadas à #digital #marketingdigital #midiassociais #digitaltransformation #analytics, mas sempre nesta linha de Digital. Outras pessoas usam #diversidade #empreendorismo #mulheresnalideranca #sustentabilidade etc. Outra dica é que, ao seguir as hashtags de assuntos que você tenha interesse, você verá em sua timeline posts de outros profissionais com essas #. É uma forma de capturar insights do que está sendo comentando e publicado a respeito.
6. Qual o melhor momento de publicar?
O estudo abaixo menciona que os melhores dias e horários para postagem são:
- 4ª-feira, entre 15h e 17h
- Além disso, 3ª, 4ª e 5ª-feiras são os dias com mais engajamento
- Enquanto 6ª, sábado, domingo e 2ª são menores ou piores.
De novo. Pense sempre na sua rede. Na teoria, o uso do LinkedIn tende a diminuir nos finais de semana em comparação à utilização durante a semana já que as pessoas se dedicam mais tempo a assuntos familiares, viagens e diversão. Imagine um post no domingo à meia noite. Pode ser o momento que você terminou de escrever seu insight, mas não custa esperar segunda-feira de manhã. Quanto mais gente engaja com seu conteúdo nas primeiras horas, o algoritmo entenderá que é relevante e vai mostrar para mais conexões de 1º, 2º e até 3º grau.
Fonte do gráfico acima: SproutSocial
É muito comum os gestores relacionarem a “Transformação Digital” unicamente às tendências tecnológicas, como implementação de Inteligência Artificial, Automação ou Blockchain na empresa. Na verdade, a Transformação dos Modelos de Negócios é influenciada e direcionada por outros motores também, sempre colocando os clientes no centro da estratégia.